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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Estaleiros prestes a receber entrada para navios venezuelanos

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) deverão receber nos próximos dias os primeiros 13 milhões de euros relativos a 10% do valor do contrato rubricado em Outubro com o Presidente venezuelano, Hugo Chávez, durante a sua visita oficial a Portugal.

Verba esta que se destina à construção de dois navios asfalteiros para a empresa pública de petróleos da Venezuela, segundo apurou o DN.

De acordo com fonte da empresa minhota de construção naval, o pagamento ainda não foi feito devido a questões "meramente burocráticas" relacionadas com o seguro de crédito e que apenas foram "ultrapassadas na última semana".

Em causa está uma tranche dos 130 milhões de euros que vale o negócio e que servirão, nomeadamente, para a aquisição do aço necessário à construção. No entanto, os estaleiros garantem que o processo "está a decorrer com toda a normalidade", numa fase em que ainda decorre o acerto do projecto destes dois navios de 27 mil toneladas.

Com mais de cem metros de comprimento, as embarcações destinam-se ao transporte de asfalto, um subproduto do petróleo que a Venezuela exporta para todo o mundo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Governo garante cumprir encomenda feita aos estaleiros de Viana do Castelo

O Ministro da Defesa garantiu que os contratos, no valor de 500 milhões de euros, assinados em 2004 com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), para a modernização da Marinha Portuguesa “vão ser cumpridos”, integralmente.

Santos Silva, que falava na cerimónia de entrega provisória do primeiro navio de patrulha oceânico à Marinha, assegurou que as medidas de austeridade não irão afectar este contrato, assinado por Paulo Portas, na altura ministro da Defesa do Governo de Durão Barroso.

“Apesar da actual conjuntura, marcada pelo Plano de Estabilidade e Crescimento, que determina que até 2013 haja suspensão de novos projectos de reequipamento militar, estes já estavam em curso e vão seguir a calendarização programada”, sustentou.

O navio de patrulha entregue, o primeiro de uma série de seis, leva cinco anos de atraso em relação à data inicialmente prevista. O próprio presidente do Conselho de Administração dos ENVC, Veiga Anjos, admitiu que a empresa poderia “ter feito muito melhor, com menores custos e melhores prazos”.

Para o ministro “é um atraso para corrigir”, que justificou com o facto de se tratar de um protótipo. No entanto, adiantou que a partir de agora os próximos deverão ser construídos “a um ritmo mais acelerado”.

Para Santos Silva este navio simboliza a importância do reequipamento da Marinha, numa altura que se está a ser estudada a duplicação da Zona Económica Exclusiva do país para os 3,6 milhões de quilómetros quadrados.

De acordo com o governante, Portugal é hoje o 11.º país do mundo com maior área marítima sob sua jurisdição, tendo a seu cargo uma área de 1,7 milhões de quilómetros quadrados, 63 vezes superior ao próprio ao território do país – área que irá aumentar para o dobro, de acordo com a proposta que Portugal apresentou às Nações Unidas.

A fiscalização da pesca, o combate ao tráfico de droga, contrabando e imigração ilegal e operações de busca e salvamento são as principais missões que esperam o navio de patrulha.

O navio vai ainda continuar mais alguns meses nos ENVC, porque ainda faltam algumas provas de mar e é preciso fazer a formação da guarnição.

O ministro fez questão de sublinhar ainda a importância deste contrato como porta de entrada dos ENVC no mercado internacional “extremamente competitivo”, permitindo “diversificar mercados e produtos”.