FOTOS



sábado, 23 de outubro de 2010

Chávez pode comprar dois 'ferries'

Presidente venezuelano visita hoje empresa onde estão 'encalhados' navios que o Governo dos Açores rejeitou.

O Presidente da Venezuela poderá comprar os ferries rejeitados pelo Governo açoriano, o já construído Atlântida e o Anticiclone, que aguarda a montagem final de todos os blocos já construídos e cuja operação deverá ser retomada após a presença de Hugo Chávez, hoje, nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC). A informação foi obtida ontem pelo DN junto de fonte de empresa e, a confirmar-se, constitui um verdadeiro balão de oxigénio para o maior construtor naval português. A novidade é mesmo a forte possibilidade de Chávez "levar" também o segundo navio. No caso do Atlântida, serão necessários trabalhos de adaptação no interior e saída do navio. Quanto ao Anticiclone, tudo será feito quase à medida dos interesses do Governo venezuelano. O Governo dos Açores rescindiu o contrato com os ENVC alegando uma diferença na velocidade máxima do primeiro ferry. Se Viana do Castelo recebe hoje um dos mais polémicos líderes mundiais de sempre, nem por isso a pacatez do Alto Minho vai ser quebrada nas cerca de três horas que Hugo Chávez permanecerá na cidade, numa visita que pode representar muitos milhões de euros para os ENVC. Segundo fontes ouvidas pelo DN, a rotina da cidade pouco se alterará, cabendo à PSP a segurança exterior e sendo certo que nenhuma rua será cortada ao trânsito regular. No entanto, a comitiva de Hugo Chávez, acompanhado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, terá escolta policial própria em todo o percurso, reforçada no caso de se tratar da figura mais polémica da América Latina. Na sexta-feira, a segurança pessoal venezuelana já passou a "pente fino" os locais por onde Hugo Chávez vai passar, inclusive o navio Atlântida.

165 milhões para construção naval

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chega hoje a Portugal para uma visita-relâmpago ao Norte do País. A deslocação terá o seu ponto alto nos Estaleiros de Viana do Castelo (ENVC), local onde serão assinados vários acordos. Entre eles está o da adaptação do ferry ‘Atlântida’ para transporte de passageiros e viaturas. A encomenda vale 35 milhões de euros, a que se somam mais 130 milhões para construir dois navios asfalteiros. O ‘Atlântida’ chegou a fazer parte de uma encomenda do Governo Regional dos Açores, que desistiu do contrato por não terem sido cumpridos alguns requisitos.

A estada de Chávez, acompanhado de nove ministros, no País inclui ainda o assumir de compromissos antigos, como o da construção de 2500 vivendas pré-fabricadas – negócio de cerca de 680 milhões de euros – pelo Grupo Lena.

Após a assinatura de acordos em Viana do Castelo – em que o primeiro-ministro, José Sócrates, estará acompanhado pelo ministro das Obras Públicas, António Mendonça, e pelos secretários de Estado Paulo Campos e Fernando Serrasqueiro –, o chefe de Estado da Venezuela desloca-se ao início da tarde à fábrica dos computadores Magalhães, da JP Sá Couto, em Matosinhos. Neste domínio, estão em execução dois contratos para o fornecimento de 850 mil computadores à Venezuela.

Na sequência de mais uma visita de Hugo Chávez a Portugal, deverá ser assinado um terceiro contrato para o fornecimento de 1,5 milhões de computadores nos próximos três anos.

Chávez chega a Portugal para selar acordos na construção naval e nos Magalhães

O presidente da Venezuela chega, este sábado, a Portugal para uma visita de dois dias, que culminará com a assinatura de acordos nas áreas da construção naval e do fornecimento de 1,5 milhões de computadores Magalhães. Hugo Chávez chega este sábado ao fim da tarde ao Porto, onde pernoitará, deslocando-se no domingo de manhã aos Estaleiros de Viana do Castelo (ENVC). Numa cerimónia em que Chávez estará acompanhado por nove ministros do seu executivo, Portugal recuperará também um anterior compromisso para que o Grupo Lena construa na Venezuela 2500 vivendas pré-fabricadas (negócio de 950 milhões de dólares) e um acordo na área das energias renováveis. Na área da construção naval, a Venezuela assinará um conjunto de acordos com os ENVC, sendo um dos mais emblemáticos o da adaptação do ferry "Atlântida" para o transporte de passageiros e viaturas - uma encomenda avaliada em 35 milhões de euros. Ainda na área da construção naval, dar-se-á início ao processo de construção de um segundo ferry de transporte, o "Anticiclone". Tanto o "Atlântida" (já construído) como o "Anticiclone" tinham sido encomendados pelo governo dos Açores, que entretanto desistiu do negócio, por o primeiro daqueles navios não cumprir com a velocidade estipulada no contrato. Os ENVC vão também receber da Venezuela a encomenda para a construção de dois navios asfalteiros, no valor de 130 milhões de euros. Após a assinatura de acordos em Viana do Castelo - em que o primeiro ministro, José Sócrates, estará acompanhado pelo ministro das Obras Públicas, António Mendonça, e pelos secretários de Estado Paulo Campos e Fernando Serrasqueiro -, o chefe de Estado da Venezuela desloca-se ao início da tarde à fábrica dos computadores Magalhães, da JP Só Couto, em Matosinhos. Neste domínio, estão em execução dois contratos para o fornecimento de 850 mil computadores à Venezuela.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Hugo Chávez e Sócrates visitam Estaleiros de Viana do Castelo

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, visita este domingo os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), empresa que há dias assinou um contrato para a construção de dois navios asfalteiros, no valor de 128 milhões de euros, para aquele país sul-americano. Fonte oficial da administração dos Estaleiros adiantou hoje à Lusa que Hugo Chávez, acompanhado pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, inteirar-se-á do projecto daqueles navios e visitará também o navio Atlântida, que poderá igualmente ser vendido à Venezuela, num negócio que, a concretizar-se, rondará os 35 milhões de euros. O Atlântida foi encomendado pelo Governo dos Açores, está pronto e deveria significar um encaixe de 46,4 milhões de euros para os ENVC, mas em Abril de 2009 o cliente anunciou que desistia do contrato, por o navio apenas atingir 16,5 nós de velocidade, quando deveria atingir pelo menos 18. O navio, considerado de luxo, está desde então atracado na doca dos ENVC, à espera de um eventual comprador. Uma delegação da empresa estatal Petróleos da Venezuela esteve no início deste mês nos ENVC para uma "reunião exploratória" de negociações que poderão terminar na venda do navio Atlântida àquele país, como adiantou na ocasião à Lusa fonte da administração. A delegação efectuou "uma visita rápida" ao navio, seguindo-se agora visitas de índole técnica, "para conferir as características operacionais e técnicas do navio com os requisitos específicos da utilização na Venezuela", como referiu a mesma fonte. Esta visita foi efectuada ao abrigo da Acta de Compromisso assinada a 29 de Maio 2010, entre a Petróleos de Venezuela e os ENVC, no decorrer de uma deslocação de José Sócrates a Caracas.
Na ocasião, Chávez admitiu que o Atlântida, com capacidade para transportar 750 passageiros e 150 viaturas, "pode ser de muita utilidade" nas ligações entre o Porto de La Guaira e a Ilha Marguerita. Também este mês, os ENVC assinaram a entrada em vigor de um contrato, superior a 128 milhões de euros, para a construção de dois navios asfalteiros para a empresa venezuelana PDVSA Naval, filial da Petróleos da Venezuela SA. Com 27 mil toneladas cada um, o primeiro asfalteiro será entregue dentro de 36 meses e o segundo nove meses depois. O contrato garante 1,2 milhões de horas de trabalho aos ENVC. O presidente do Conselho de Administração da empresa, Veiga Anjos, lembrou que este contrato resulta de um "namoro" que durou cerca de uma década.

Negócio com a Grécia cada vez mais longe

O contrato, no valor de 120 milhões de euros, que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) firmaram com um armador grego para construção de dois ferries "pode estar ameaçado", admitiu a administração da empresa. "Estamos em conversação com o armador, porque expirou o prazo para o financiamento, para eventualmente retomar, noutras bases. Mas o contrato pode estar ameaçado, de facto", admitiu Veiga Anjos.
Isto porque, explicou o presidente do Conselho de Administração dos ENVC, o maior construtor naval português e tutelado pelo Estado, o prazo para o armador regularizar a questão do financiamento com a banca expirou e tudo depende agora de uma nova renegociação e do aval da banca (inicialmente seria portuguesa) para retomar o negócio destes dois ferries, verdadeiros navios de luxo, visto como mais um balão de oxigénio para as contas da empresa pública. Mas se do lado da Grécia o negócio está mais complicado, Moçambique poderá ser uma porta que se pode vir a abrir.
Há dias a empresa foi visitada pelo ministro dos Transportes de Moçambique, país que poderá encomendar àquela empresa navios para reforçar a sua frota de marinha mercante e para fiscalizar a sua zona costeira. "Há hipóteses [de construir para Moçambique]. Eles estão interessados em proteger as suas imensas costas. Isto está de acordo com a gama de construção que estes estaleiros têm", admitiu Veiga Anjos. Em cima da mesa está a hipótese de constituição de uma parceria envolvendo os dois países para promover a construção naval para aquela ex-colónia portuguesa. Outro assunto que em breve poderá ter desenvolvimentos é do ferry Atlântida, com a prevista vinda, em breve, de técnicos da Empresa de Petróleos da Venezuela aos Estaleiros, para analisar tecnicamente o navio e avaliar ser serve as necessidades. Entre os dois paises já existe um principio de entendimento para a venda do ferry, que foi rejeitado pelos Açores por uma diferença minima na velocidade máxima.

Viana do Castelo: Estaleiros navais controem dois navios para a Venezuela

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão construir dois navios asfalteiros de 27 mil toneladas, adquiridos pela venezuelana PDVSA Naval, num contrato da ordem dos 130 milhões de euros, adiantou o secretário de Estado Marcos Perestrello, que considerou que a construção destes dois navios “é um momento muito importante para a ENVC”, uma vez que ajudam a empresa a “ultrapassar este momento difícil que os ENVC têm passado, dada a quebra de encomendas internacionais que nos últimos anos houve”.
A construção dos dois navios assegura 45 meses de trabalho aos ENVC, tendo o primeiro navio de ser entregue à PDVSA Naval “daqui a 36 meses e o segundo daqui a 45”, o que representa “650 mil horas de trabalho por navio”, precisou o secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Venezuela compra por 130 milhões

Ontem, ao fim de oito anos de negociações, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que praticamente têm a sua capacidade produtiva a cerca de 30% devido à falta de novas encomendas, fecharam finalmente a construção de dois navios-asfalteiros de 27 mil toneladas para a PDVSA Naval, filial da Petróleos da Venezuela SA. O contrato de 130 milhões de euros foi firmado com a presença de elementos da empresa venezuelana e do Governo português, mas para já apenas a fase de desenho vai começar a ter trabalho, já que o projecto será totalmente nacional, mas com o apoio de técnicos venezuelanos, no âmbito de partilha de tecnologia.

"Este é o caminho que mostra que os ENVC têm futuro e são viáveis. Os tempos não estão fáceis, é verdade, mas este não é o momento para a lamúria ou para o protesto inconsequente", lembrou o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello.

A cerimónia decorreu na nova nave de construção da empresa, a estrear pelos dois novos navios para a Venezuela, e o governante garantiu aos trabalhadores que assistiam que "as crises são momentos muito duros mas devem constituir uma oportunidade de reajustamento, iniciativa e aperfeiçoamento". A construção dos primeiros blocos só arranca dentro de seis meses e daqui a 36 meses de trabalho será entregue o primeiro e nove meses depois o segundo, após 650 mil horas de trabalho. O governante colocou a fasquia nos ferries e outras embarcações de luxo como um nicho a explorar pela empresa, isto numa altura em que dentro de dias novos peritos da Venezuela se deslocam a Viana para tentar adiantar o negócio da compra do ferry Atlântida, encostado há mais de um ano na empresa.

Estaleiros de Viana têm contrato em risco e não afastam cenário de despedimentos

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) poderão perder o contrato com a Hellenic Seaways, para a construção de dois ferries, orçados em cerca de 120 milhões de euros, por falta de financiamento do armador grego.

O cenário de despedimentos volta a pairar, na sequência do plano de viabilização que a administração da empresa de construção naval deverá apresentar até final do ano. A Comissão de Trabalhadores (CT) admitiu que, no futuro, os ENVC possam vir a trabalhar com apenas 500 dos actuais 764 trabalhadores.

A hipótese de redução do número de postos de trabalho foi colocada, ontem, pelo presidente do conselho de administração dos ENVC, Veiga Anjos, no final da cerimónia da assinatura da acta da entrada em vigor do contrato de aquisição, por uma filial da Petróleos da Venezuela SA, de dois navios asfalteiros, orçados em cerca de 130 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, Veiga Anjos afirmou que "é prematuro" falar em despedimentos, mas adiantou que "nesta altura não pode assegurar a manutenção de todos os postos de trabalho".

A possibilidade de despedimentos também não foi descartada pelo coordenador da CT, António Barbosa.

"Em condições naturais, vamos chegar a um valor desses [500 trabalhadores]", sustentou, acrescentando que "não é amanhã nem depois de amanhã".

Os ENVC enfrentam actualmente uma grave crise financeira por falta de encomendas. Um problema que se poderá agravar se o contrato com a Hellenic Seaways não se concretizar. O armador grego deixou expirar em Setembro o prazo de financiamento. Sem acordo com a banca, a administração dos ENVC mantém as negociações para "retomar o dossier noutras bases contratuais".

Contrato de 120 ME entre Estaleiros Navais e armador grego "pode estar ameaçado"

Viana do Castelo, 12 out (Lusa) -- O contrato, no valor de 120 milhões de euros, que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) firmaram com um armador grego para construção de dois ferries "pode estar ameaçado", admitiu hoje a administração da empresa.

Segundo Veiga Anjos, presidente do Conselho de Administração dos ENVC, o prazo para o armador regularizar a questão do financiamento com a banca expirou.
"Estamos agora em conversações com o armador para eventualmente retomarmos o assunto, eventualmente noutras bases contratuais. Mas os contratos podem estar ameaçados", referiu Veiga Anjos.

domingo, 10 de outubro de 2010

Viana: situação financeira dos Estaleiros Navais é 'preocupante mas não insolúvel' - líder dos TSD

O secretário nacional dos Trabalhadores Social Democratas (TSD), Arménio Santos, alertou hoje para a “preocupante” situação financeira dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), mas considerou que o problema “não é insolúvel”. “É uma situação financeira que tem de ser considerada preocupante, ainda que não seja insolúvel”, disse Arménio Santos, no final de uma visita aos ENVC, em que reuniu com a administração e com a comissão de trabalhadores da empresa. Arménio Santos sublinhou que a nova administração “está a proceder a um estudo para reestruturar e modernizar a empresa e a tornar mais competitiva”, nomeadamente através da procura de novas encomendas no mercado, “de forma mais agressiva”. “Penso que a empresa, depois desse estudo que estará pronto dentro de dois meses, estará em condições de rasgar caminhos novos para responder aos problemas que tem hoje”, acrescentou. Arménio Santos sublinhou que, segundo o que hoje lhe foi transmitido, essa reestruturação não deverá implicar despedimentos nos ENVC, que hoje empregam 780 trabalhadores. “O que nos foi transmitido é que nada indica que essa medida [despedimentos] venha a ser necessária”, afirmou. Os ENVC fecharam as contas de 2009 com um prejuízo de 22,2 milhões de euros, sendo o passivo acumulado da empresa de 137 milhõe s de euros. O líder dos TSD lembrou que para esta situação “muito contribuiu” o negócio do Atlântida, um ferry-boat encomendado aos ENVC pelo Governo dos Açores, por quase 50 milhões de euros, mas que acabou por ser rejeitado, por não cumprir a velocidade estipulada no contrato. “Além de ter o navio encostado na doca, os ENVC vêem-se ainda a braços com encargos de larguíssimas centenas de milhares de euros por ano, para manutenção do barco”, referiu, frisando ainda que “situações como esta não são, de todo, um bom cartão de visitas para a empresa”. Na quarta feira, Carlos Veiga Anjos, antigo administrador da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, Moçambique, foi eleito presidente do Conselho de Administração dos ENVC. No mesmo dia, o engenheiro naval Óscar Mota foi eleito vogal do Conselho de Administração. Tanto Veiga Anjos como Óscar Mota não têm funções executivas. O Conselho de Administração integra ainda três elementos executivos, que já tinham sido eleitos a 05 de julho. O almirante Victor Gonçalves de Brito, ex-administrador do Arsenal do Alfeite, é o presidente executivo dos ENVC, ficando a equipa completa com o economista José Luís Serra, ex-presidente da Câmara de Valença, e com o engenheiro naval Francisco Gallardo Duran.